O especialista moçambicano Arão Valoi destacou recentemente a falta de infraestrutura básica nas unidades sanitárias do país, como água potável, saneamento e higiene, como um dos principais obstáculos à melhoria da saúde pública em Moçambique. Em artigo publicado no jornal Evidências, Valoi alerta que, apesar dos avanços na construção de hospitais e centros de saúde, a ausência desses serviços essenciais compromete a eficácia do atendimento e coloca em risco a saúde de pacientes e profissionais.
Segundo o especialista, a questão não se limita à construção de novas unidades, mas envolve políticas públicas integradas que assegurem o abastecimento de água potável, o correcto saneamento e práticas de higiene adequadas em todas as instituições de saúde. “É urgente que o governo e os parceiros implementem medidas concretas para corrigir esta lacuna, que impacta directamente a vida das pessoas e a qualidade dos serviços de saúde”, sublinha Valoi.
O especialista reforça que a melhoria destas condições básicas deve ser considerada uma prioridade nacional, inserida numa estratégia ampla de fortalecimento do sistema de saúde. Ele argumenta que investimentos em água, saneamento e higiene não só protegem a população contra doenças evitáveis, mas também aumentam a confiança dos cidadãos nos serviços públicos e contribuem para resultados sanitários mais eficazes.

